30 de março de 2013

Bloqueio no Basquetebol




Bloqueios.
Introdução
O bloqueio é um ingrediente essencial para a parte ofensiva de meia quadra no basquetebol, para se ter sucesso ofensivamente é imprescindível que todos os cinco jogadores em quadra sejam capazes de bloquear.
Os bloqueios são frequentemente usados nas movimentações ofensivas para criar espaços livres para os melhores arremessadores, são comumente usados em situações ofensivas entre dois jogadores, assim como o famoso Pick N’ Roll.
O uso efetivo de bloqueios resultará em uma equipe ofensiva capaz de criar situações com grande porcentagem de acerto de seus arremessos.
Karl Malone em sua carreira foi muito eficiente em realizar bloqueios em varias e diferentes situações, seu biotipo o classifica para ser uma verdadeira barreira para usar nos bloqueios dos marcadores de seus colegas de time.
com John Stockton, Malone foi perfeito no uso do bloqueio e giro, Pick and Roll, o velho e conhecido jogo de dupla, Karl Malone foi capaz de marcar 36.928 pontos, segundo na história da NBA e John Stockton 15.806 assistências, líder de todos os tempos da NBA.

Realizando o Bloqueio
O primeiro passo para se realizar um bloqueio é determinar onde e para quem você vai realizar o bloqueio. Uma vez decidido, você se desloca para a frente de seu colega de time que você quer fazer o bloqueio ou estabeleça uma posição na quadra que seu parceiro possa se mover para seu bloqueio. Se prepare para o contato com o defensor que se aproxima para bloquear ou o atacante que se aproxima.
O Contato ou colisão que ocorre entre o bloqueador e o defensor é o elemento mais importante para o sucesso do bloqueio. Os atacantes querem que esse contato aconteça para que o defensor possa ficar preso no bloqueio, atrasando suas ações. essa ação vai providenciar uma breve janela de tempo para que o atacante receba a bola para um arremesso, um passe ou cortar para a cesta.
Antes de bloquear e fazer contato com o defensor tenha certeza que seus pés estejam parados e você tenha estabelecido uma boa base, uma base larga e sólida com seus pés. Se proteja durante o contato posicionando sua mãos ao lado do corpo ou as cruzando em frente seu peito.
Um bloqueio se movimentando é ilegal e será marcada uma falta ofensiva, evite também tirar vantagem de defensores desatentos que correm para o bloqueio que não conseguem ver, assim como bloqueio nas costas, promova uma boa relação esportiva, não seja desleal, realizando bloqueios limpos e efetivos sem tentar machucar ou contundir seu adversário.
Uma vez que seu parceiro use o bloqueio. e o contato tenha acontecido com o defensor, você imediatamente deve tentar fazer alguma coisa produtiva no ataque que vai ajudar seu parceiro, sua equipe a pontuar.
Se o bloqueio for próximo a cesta um giro rápido no pé-de-pivô pode criar um arremesso livre próximo a cesta se o passe for rápido, se o bloqueio for no perímetro, gire em direção da cesta procurando um passe de seu parceiro que usou o bloqueio (bloquear e Girar) ou se mova para uma área livre na quadra e se posicione para um arremesso de meia distância.
Estas são duas maneiras de ajudar sua equipe a conseguir arremessos equilibrados aumentando assim a sua porcentagem de acerto.
Exemplo de jogadas com bloqueio

Responsabilidades de Quem Recebe o Bloqueio
-Primeiramente quem recebe o bloqueio deve ser paciente, esperando o bloqueador montar o bloqueio. Se quem recebe o bloqueio não tem paciência para esperar e corta antes do bloqueio ser montado, o defensor vai perceber o bloqueio se aproximando e vai ser capaz de se desvencilhar  sendo assim não há vantagem ofensiva.
-Segundo, quem recebe o bloqueio deve passar o mais próximo possível do bloqueador, praticamente tocando o ombro a ombro para não dar espaço para o defensor passar o deixando preso no bloqueio, se não se passa assim tão próximo, o defensor vai ser capaz de escapar do bloqueio facilmente.
-Terceiro, o simples uso da finta de pernas, conhecido também como Jab Step, pode aumentar a eficácia do bloqueio, para incorporar a finta de pernas, deve-se usar esse fintar na direção oposta em que o bloqueio esta sendo montado e no momento apropriado se mova rapidamente para o bloqueio, se lembrando de passar bem próximo ao ombro do bloqueador, esta ação vai aumentar as chances de “deixar” o seu marcador no bloqueio.
-Quarto, quem recebe o bloqueio deve reagir efetivamente em como o defensor reage ao bloqueio, por exemplo: Caso o defensor tente passar passar por trás do bloqueio, quem recebe o bloqueio seja capaz de arremessar livremente caso receba um passe rápido de seu parceiro.
Bloqueio na Bola ou Bloqueio Direto
O bloqueio na bola é realizado para o jogador que tem a posse de bola, uma vez montado o bloqueio o jogador pode o utilizar de diferentes maneiras, dependendo de como o defensor reage ao bloqueio.
Se o defensor não consegue passar pelo bloqueio ou passa por trás do bloqueio, o atacante talvez tenha tempo bastante para imediatamente: Realizar um arremesso ou entrar para cesta (cortar).
Se o defensor passa pelo bloqueio o atacante talvez tenha chance de cortar diretamente para a cesta.
Em vários casos, o bloqueio direto envolve o bloqueador e girar entre os dois jogadores, Pick and Roll.

Bloqueio Fora da Bola ou Bloqueio Indireto
Realizado para um jogador que não tem a posse de bola, em muito dos casos, o bloqueio indireto é feito longe da bola, quem recebe este tipo de bloqueio pode realiza uma entrada para a cesta e receber a bola em condições de realizar um arremesso.
Bloqueios indiretos são usados por todos jogadores criado espaços para arremessos equilibrados do perímetro e\ou próximo a cesta com grande porcentagem de acerto.
Bloqueio nas Costas\Back Pick
Bloqueio nas costas pode ser feito por todos os jogadores, no perímetro ou próximo a cesta em qualquer ponto da quadra, usualmente o bloqueio nas costas é feito em uma posição que o defensor não consiga ver o bloqueador. No entanto o bloqueador deve deixar um espaço de uma passo aproximadamente antes do contato em potencial a ser feito. Back Picks podem ser um elemento para o defensor, levando a cestas fáceis para o ataque.

Fonte: Blog do Coach Santiago

8 de março de 2013

Termos usados no basquete


Alguns termos usados geralmente no basquete

AIR BALL – quando um arremesso sai errado e não toca a tabela nem o aro.
ASSISTÊNCIA – é o ultimo passe antes da cesta.
BACKDOOR – uma jogada onde se ilude a marcação, indo para um lado e rapidamente mudando de direção.
BRICK - um arremesso muito forte, conhecido também como “tijolada”.
DUNK – é uma enterrada, colocar a bola entre o aro sem utilizar do arremesso.
DOUBLE DRIBBLE – uma violação a regra quando o jogador dribla + segura a bola + dribla.
DOUBLE DOUBLE – quando um jogador realiza mais de dois digitos em dois fundamentos (assistências, pontos, rebotes, recuperação de bolas, bloqueios).
DRIBBLE – drible é o ato de impulsionar a bola ao solo.
FAST BREAK – jogada rapida onde pega a defesa desprevinida.
HANG TIME – tempo de duração que um jogador permanece no ar no ato de um arremesso.
HAY LOW – jogada entre o pivô na cabeça do garrafão e o pivô em baixo do garrafão.
HOOP – aro ou a cesta
JUMP BALL – bola ao ar, no basquetebol brasileiro é utilizado apenas para iniciar a partida.
JUMP – salto, pular, arremessar saltando.
OVERTIME – prorrogação, tempo extra.
QUADRUPLE DOUBLE – marca rara de acontecer quando um jogador mais mais de dois digitos em 4 fundamentos (assistência, pontos, rebotes, recuperação de bolas e bloqueios).
SET SHOT – arremesso sem pulo ou salto.
360º – jogada onde o jogador realiza um giro de 360º antes de arremessar ou enterrar.
TIP IN – tapear a bola, dar tapinhas na bola com o intuito de recupera-lá ou direciona-lá a cesta.
TRIPLE DOUBLE – realizar mais de dois digitos em 3 fundamentos (assistências, pontos, rebotes, recuperação de bolas e bloqueios).
TURNOVER – perder a posse de bola quando o mesmo não esta em direção a cesta.

4 de fevereiro de 2013


Esporte pode ser praticado junto com exercícios musculares e é movimenta todo o corpo, além de ser recomendado para todas as idades.
Movimentar o corpo todo praticando exercícios que distraem é o sonho de muitas pessoas que não suportam muito tempo em uma academia.
E quem gosta de basquete tem bons motivos para levantar do sofá e ir praticar o "esporte coletivo mais completo, no aspecto físico", segundo professores de educação física ouvidos pela reportagem.
"O basquete é indicado para todas as idades. Ajuda o desenvolvimento do adolescente e movimenta toda a articulação, ideal para idosos", conta Márcio Marollo, coordenador da Secretaria de Esportes de Ribeirão Preto.
Ele também afirma que "no basquete, o praticante se movimenta o tempo todo, se não está batendo bola movimentando os braços, está marcando, correndo".
Por ser um jogo rápido, o esporte também pode ajudar a emagrecer.
"Você trabalha muito os batimentos cardíacos, pois corre em velocidades alternadas", afirma o professor Marcio Araújo.
Apesar de ser conhecido pelos arremessos de bola com as mãos, o basquete exercita fortemente as pernas.
"Ninguém consegue defender se não tiver o mínimo de força nas pernas, mas a resistência vem com o tempo", conta Araújo.
Para Marollo, o basquete é um esporte completo.
"Como ele, só vejo a natação e o atletismo no mesmo nível de desenvolvimento físico, afinal, você trabalha membros superiores, inferiores e circulação. E o melhor, se divertindo", argumenta.
Esporte ainda é pouco explorado na escola
Apesar da eficácia na preparação física, a prática do basquete é pouco explorada, acredita Marollo.
"O problema é que para jogar, a pessoa precisa, pelo menos conhecer o básico da regra. Não é como o futebol, que é mais fácil de entender", explica.
"Há regras de interpretação como nas faltas e nas infrações no manejo da bola", completa Márcio.
Esses detalhes acabam afastando o esporte, que já foi o segundo mais praticado no país, das escolas.
"Os professores até evitam passar pela dificuldade", argumenta Marollo.
Apesar disso, a modalidade está incluída no programa de ensino de Educação Física do ensino fundamental. Onde, na teoria, o aluno aprende as regras básicas do esporte.
O aconselhado, porém, é que o interessado no esporte alie o basquete com exercícios leves de musculação.
"O ideal é ter uma base para evitar contusões", afirma Araújo que também aponta o alongamento como essencial.
O mais difícil é reunir a turma
Sem conseguir imprimir uma sequência na academia, o estudante Guilherme Queiroz optou por jogar basquete duas vezes por semana para manter a forma.
"Nunca consegui ficar mais de dois meses seguidos fazendo exercícios, então comecei a jogar toda semana e percebi que, aos poucos, ganhei agilidade e perdi peso", garante.
Mas não foi fácil para Guilherme reunir uma turma para jogar basquete.
"A gente percebe que o número de interessados caiu, mas quando tinha time profissional em Ribeirão, era mais popular", diz.
Por meio da rede social Facebook, ele conseguiu juntar um grupo que hoje chega a vinte pessoas "em dias bons".
No Parque Maurílio Biagi, quase todos os dias, outro grupo também se reúne no final da tarde para jogar.
"Era complicado conseguir lugar para jogar até a inauguração do parque", conta Anderson Dinardi, que troca o uniforme de vendedor pela bermuda e camisa cavada todas as tardes.
"Eu tento correr todos os dias para ganhar resistência e fazer exercícios de perna para não fazer feio", conta.

Fonte: Portal da Educação Física

9 de janeiro de 2013

A Vida de técnico de Basquete no NBB

Simplesmente feliz, focalizado e com muita fé

Esta feliz coincidência de um tripé de efes estimula ainda mais a prosseguir a caminhada junto à nossa equipe, que de forma surpreendente para muitos, segue desenvolvendo sua participação no NBB, conquistando esta 13ª vitória suada, conseguida numa reação espetacular. Por que cargas d’água não externar este momento de felicidade, por que esconder os nossos sentimentos? Esta pergunta e outras tantas dúvidas não me abalam, e sim estimulam a buscar a felicidade. Estou simplesmente feliz por estar trabalhando em conjunto com jovens talentos, buscando incessantemente mostrar o caminho do bem. 

É de muito importância uma equipe de competição ter entre seus componentes a noção exata de que o treinamento desportivo, na busca de um melhor condicionamento físico-técnico, tem que ser acompanhado de uma inter-relação intensa, baseada na confiança e responsabilidade com seus companheiros. Isso é o que faz a diferença em um time comprometido com as vitórias e, muito mais, com as questões sociais, que começam na possibilidade de formação e aperfeiçoamento do caráter de cada homem de nossa equipe. 

Não podemos ficar imobilizados neste momento. Pelo contrário, no nosso microcosmo de vida, de forma tenaz e valente, precisamos tentar sempre melhorar, fazendo de nosso trabalho a busca pelo melhor. Se cada um de nós, através de nossos atos e pensamentos positivos, juntarmos forças e ideais justos e coerentes, iremos, lógico, para um caminho com mais pessoas simplesmente felizes. 
O segundo efe do título, a focalização ao redor daquilo que nos alimenta, passa pelo desapego da vaidade, para estarmos totalmente focalizados neste momento, jogando no lixo pequenos obstáculos, como o cansaço, a inveja – mal que assola os incompetentes e pobres de espírito – e tantas outras coisas que tendem a nos desanimar. Dar atenção total ao momento atual é energizante e nos permite controlar a realidade ao nosso redor. Apego-me com todas as forças a esta energia maior, a esta incrível força que movimenta e dá vida ao todo, e acredito com toda a minha fé que agindo assim, o poder pessoal e a paz interior me permitirão agir em harmonia com o tempo.
Foco, felicidade e agora o terceiro efe: a fé, a luz que nos dirige. Acredito em milagres, mas não fico esperando por eles. A fé não pode ser retirada de nossos corações, é um presente que nos permite agir e respirar. A fé nos leva à verdade, ilumina e clareia. Por que não proclamar e repetir “tenham fé, busquem a força daquela que aplana montanhas e enche os abismos e está dentro de cada um de nós”? E não precisa ser, nem pertencer a nenhuma doutrina ou religião. Pode ser até um cético, mas acredite, a fé é um presente que possuímos e ela deve ser sempre acreditada, utilizada para proporcionar a todos lembranças e resgate de algo tão importante que já foi dito há mais de dois mil anos. Beijos e gratidão eterna a vocês, inclusive a você Alice, minha neta tão esperada e tão bem-vinda.
por Alberto Bial

Fonte: Portal da Educação Física

7 de dezembro de 2012

Motion Offense



A Motion Offense é um dos planos de jogo mais utilizados no basquetebol. Seja no nível amador ou profissional, verificamos a utilização em massa deste sistema.



Muito se contesta sobre a origem da Motion, mas a tese mais aceita é de que foi inventada por Hank Iba, do time de Oklahoma State.

A Motion Offense é o oposto de uma Patterned Offense. Na Motion, não existe padrão a ser seguido ou jogada definida. Aqui, o ataque tem uma série de princípios que devem ser obedecidos, e os jogadores, dentro destes princípios, movimentam-se livremente, buscando a melhor opção.

A jogada, portanto, surge da leitura do jogo. É primordial, por isso, que para dar certo, a Motion tenha jogadores intuitivos e sem medo de criar a jogada quando ela se apresenta.

O segredo para uma boa Motion consiste em constante movimento de bola, jogadores que consigam jogar múltiplas posições e velocidade. É melhor utilizada por times que possuam jogadores rápido, ágeis, e que precisem de um sistema para contestar uma defesa alta e forte.

Ela possui alguns princípios, e eles podem variar um pouco, mas são, basicamente:

Espaçamento na quadra: os jogadores devem ficar entre 4 e 5 metros distantes um do outro. Se eles se aglutinarem, como o ataque não terá saída definida, podem facilmente ser encurralados e perder a bola.

Corta-luz depois do passe: este princípio é usado na maioria das Motions. O jogador que estiver com a bola, ao fazer o passe, deve fazer um corta-luz do lado oposto. Por exemplo, o jogador que está no topo do garrafão e passa a bola para o ala da esquerda, deve correr e fazer um corta-luz para o ala da direita. Com isto, o jogador que recebe o corta-luz pode ver uma rota de penetração sendo criada, pois a defesa estará atenta com a bola e com o jogador que está fazendo o corta-luz.

Corta-luz para o fundo: os jogadores que estiverem no garrafão devem fazer corta-luz para os alas, pelo lado de dentro, sem a bola. Desta forma, o ala pode entrar pelo fundo e receber a bola em diagonal.

Corta-luz sem a bola: Dois jogadores que estiverem sem a bola e no lado fraco da defesa devem procurar fazer corta-luz um para o outro, buscando aparecer de surpresa no topo do garrafão para penetrar ou arremessasr.



Não passar para um jogador parado: se um jogador estiver parado, ele não recebeu corta-luz, não acabou de passar a bola e não terá linha de penetração. Portanto, estará fora do fluir do jogo. Se o passe for para ele, a bola pode facilmente ser interceptada, pois a defesa saberá exatamente onde ele está. Mesmo que a bola chegue, o movimento constante que deve existir será quebrado, e os outros jogadores gastarão muita energia para reiniciar a movimentação.

Movimento apenas após o corta-luz: é princípio básico do basquete, mas se torna mais importante na Motion, pois aqui o corta-luz é abundante. O jogador que recebe o corta-luz deve esperar seu companheiro estar na posição ideal para fazê-lo, parado com os dois pés no chão. Se ele se mover antes, muito provavelmente seu companheiro fará falta de ataque, pois estará fazendo corta-luz andando.


Dependendo da estratégia utilizada, outros princípios podem ser empregados, e mesmo estes podem ser descartados e substituídos.

Os princípios que descrevemos refletem a maioria das Motion Offenses, mas existem algumas celebres versões que não utilizam estes mesmos princípios.

A "Dribble-Drive Offense" é muito utilizada por John Calipari, grande técnico universitário. O Chicago Bulls também passou a usá-la em alguns momentos depois que trouxe Derrick Rose, ex-jogador de Calipari ao time. Nesta variação, ao invés de uma série de corta-luzes e bloqueios, temos um armador dominante que penetra bem, e ele usa isso para quebrar o ritmo da defesa e passar para fora. Os outros jogadores também cortam para a cesta, e um coloca o outro em posição de pontuar com a penetração, ao invés do corta-luz.

A Motion pode ser configurada de diversas maneiras, dependendo do time que estiver em quadra. A configuração mais comum é o 3-2, começando com três jogadores no perímetro e dois no garrafão, fazendo com que eles troquem de posição.



Caso o time não possua bons jogadores de garrafão, pode fazer um 4-1 ou mesmo 5 abertos, passando a bola e buscando a melhor opção.




Também existem variações 1-3-1 (para alas altos), e 1-4 (para times sem bom arremesso de fora).

Quanto mais jogadores fora do garrafão se movimentando, melhor controle de bola o time vai ter, mas também menor chance de chegar com facilidade à cesta, pois quando menos espaço na quadra ocupar, mais compactada vai deixar a defesa, precisando criar um chamariz extra para quebrar o sistema defensivo do outro time.

Este é o funcionamento básico de uma Motion, talvez o sistema ofensivo mais utilizado no mundo do basquete em todos os níveis. É um sistema que valoriza a criatividade dos jogadores, e que equilibra uma partida em que a equipe que a utiliza perca para a outra na diferença de altura.





30 de novembro de 2012

O Relógio do Arremesso no Basquete

O Shot Clock



Os 24 segundos de posse de bola por ataque já são tradição no basquete, não só na liga norte-americana, mas também nas competições internacionais, administradas pela FIBA. Mas por que esse período de tempo em especial? Por que não 35 segundos, como no basquete universitário? Calma, para tudo se tem uma explicação.
Em 1954, o dono do Syracuse Nationals, Danny Biasone, finalmente conseguiu pôr em prática sua ideia de limitar o tempo de posse de bola por ataque, que defendia desde 1951. Entusiasta dos placares altos, Biasone achava que o tempo ilimitado de posse de bola impedia isso de acontecer.
Por exemplo: em 1950, o Fort Wayne Pistons derrotou o Minneapolis Lakers por incríveis 19×18, em que eles conseguiram de forma emocionante virar o jogo no último quarto, quando venceram por 3×1 – o Pistons fez 13 arremessos naquele jogo. Infelizmente, essa era uma prática comum na época, pois era melhor fazer com que o adversário não pontuasse segurando a bola do que correr atrás do placar.
Lógico que isso era muito chato. O público começou a cair e a NBA corria sério risco não completar nem uma década de existência porque o basquete era chato de assistir: imaginem vários Brian Scalabrines jogando contra um time de Brian Cardinals e nenhum deles se preocupasse em arremessar após o terceiro quarto para não dar a chance do outro time marcar. Obviamente que você não iria querer ver um jogo assim.
O que nos traz de volta a Biasone. Ele percebeu que os jogos que ele gostava de assistir – os que tinham muitos pontos – tinham em média 60 arremessos de cada equipe. Assim, dividiu os 2.880 segundos (48 minutos) que uma partida tem por 120 (o número de arremessos que dois times daria em um jogo bom) e pronto: 24 segundos de possa de bola por ataque, o shot clock.
Na temporada de 1954-55, quando sua ideia finalmente entrou em prática na NBA, houve um aumento de 13.1 pontos de média nos jogos – as equipes passaram a fazer 93 pontos por partida (o Boston Celtics foi a primeira franquia a ter mais de 100 pontos em média, graças ao seu armador, Bob Cousy), que rapidamente aumentaram para 107 pontos em apenas quatro anos.
“Eu acho que o shot clock salvou a NBA”, declarou Cousy posteriormente, no que foi corroborado pelo comissário da NBA da época, Maurice Podoloff, que disse que a adoção dos 24 segundos foi “o evento mais importante da NBA”. Dolph Schayes, astro do Syracuse Nationals, afirmou que no início, os jogadores pensavam em arremessar o mais rápido possível, por medo de estourar o tempo no relógio. Somente depois eles perceberam a genialidade dos 24 segundos, pois “podíamos trabalhar a bola antes de um bom arremesso”.
PS: A FIBA só adotou o shot clock da NBA em 2000, antes o relógio estourava com 30 segundos.
PS2: Biasone morreu há 20 anos, mas só foi indicado ao Hall da Fama em 2000 – postumamente, óbvio – por sua contribuição para a história do basquete.

Fonte: JumperBrasil

13 de novembro de 2012

OS SETE SEGUNDOS DE D’ANTONI

O que você se lembra da temporada de 2004-05 da NBA? Talvez só o terceiro título do San Antonio Spurs, frente ao então campeão Detroit Pistons, com direito ao terceiro prêmio de MVP das finais para Tim Duncan. Ou então, como a estreia de Dwight Howard – direto do High School – e do Charlotte Bobcats na liga, o fim da dupla Shaq e Kobe em Los Angeles, a aposentadoria de Reggie Miller? Entretanto, o que pode ser lembrado é a consagração de Mike D’Antoni e seu estilo de jogo “Seven Seconds or Less” (Sete Segundos ou Menos) à frente do Phoenix Suns. Como resultado disso, o time do Arizona fez a melhor campanha da liga na temporada (62-20), e Steve Nash, pilar do time, ganhou o seu primeiro prêmio de MVP.
Depois de ser pentacampeão da liga italiana como treinador, e de uma breve passagem pelo Portland Trail Blazers, D’Antoni chegou ao Suns como assistente em 2002 e foi promovido a treinador da equipe durante a temporada de 2003. Durante aoff-season de 2004, o Suns fez duas contratações chaves no mercado de agentes livres: o ala Quentin Richardson, ex-Los Angeles Clippers, e o armador Steve Nash, que saia do Dallas Mavericks porque o dono do time, Mark Cuban, temia que ele estivesse muito velho (à época, 30 anos). Esses dois jogadores formariam o quinteto inicial do time, juntamente com o armador Joe Johnson, o ala Shawn Marion e o pivô Amare Stoudemire.
Assim, o Phoenix contava com dois especialistas nos chutes de longa distância (Johnson e Richardson), um exímio defensor em quase todas as posições (Marion), um pivô atlético e com recursos para jogar longe do garrafão (Stoudemire) e umplaymaker no auge da forma física e técnica (Nash). No banco, Leandro Barbosa e sua melhor arma na época, a velocidade, o experiente Jim Jackson e o pivô reboteiro Steven Hunter. Essa foi a base do Run and Gun do Suns de 04-05, que não defendia nada – a pior defesa da liga com 103.3 pontos por partida (um Marion só não faz verão) – mas que em compensação era mortal no jogo de transição e nos tiros de três pontos – média de 110.4 pontos, a melhor da temporada.
Veja abaixo a apresentação dos titulares e alguns lances da equipe na temporada:
Pra quem não sabe, o Run and Gun é um estilo de jogo em que o time movimenta a bola no ataque o mais rápido possível e arremessa na primeira chance possível, normalmente uma bola de três. No caso do Suns, além dos chutes do perímetro, o que geralmente acontecia era Nash dar uma assistência sensacional para alguém enterrar e entrar no Top 10 de jogadas. Esse estilo de jogo havia sido muito utilizado pelo treinador Paul Westhead, que à frente do Denver Nuggets em 1990-91 estabeleceu o recorde da NBA em pontos durante um único tempo de jogo, 107. O adversário? O Phoenix Suns.
Na temporada regular a equipe liderou a liga, finalizando com um recorde de 62 vitórias e apenas 20 derrotas, igualando a melhor campanha do time (na temporada 92-93, liderado por Charles Barkley, que foi vice-campeão da NBA na ocasião, perdendo para o Chicago Bulls de Michael Jordan). A maior série de vitórias ocorreu entre os dias 5 e 26 de dezembro, quando a equipe venceu 11 jogos, e a maior quantidade de derrotas foi entre 12 e 21 de janeiro, perdendo seis em sequência.
As boas atuações da equipe também se refletiram no All-Star Game da temporada. Nash, Marion e Stoudemire foram selecionados como reservas do Oeste e Quentin Richardson foi o vencedor do Three-Point Shootout. Steve Nash também venceu oSkills Challenge e Marion, juntamente com a atleta da WNBA, Diana Taurasi, e o ex-jogador Dan Majerle, foi campeão do Shooting Stars Competition com o time de Phoenix.  Amare Stoudemire foi o vice-campeão do Slam Dunk Contest, contando com  ajuda de Nash – que “jogou futebol” em um nível aceitável.
Confira os melhores momentos do All-Star Weekend abaixo:
Playoffs
Nos playoffs, o Suns enfrentou o Memphis Grizzlies de Pau Gasol, Mike Miller e Shane Battier (os dois últimos, campeões com o Miami Heat em 2012) na primeira rodada. E foi uma festa: varreu o time de Memphis, marcando mais de 100 pontos em todos os jogos da série. Nas semifinais da Conferência Oeste, o adversário foi o Dallas Mavericks, liderados por Dirk Nowitzki, que foi derrotado por 4-2, com o jogo 6 indo para a única prorrogação disputada pelos Suns nos playoffs. Um Steve Nash inspiradíssimo, como se quisesse provar alguma coisa ao seu antigo time, que o dispensara, acabou a série com médias de 30.3 pontos, 12 assistências, 6.5 rebotes e 55% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
Nas finais da Conferência Oeste, porém, as deficiências defensivas do time de D’Antoni foram expostas frente ao San Antonio Spurs (Tim Duncan foi espetacular com 27.4 pontos e 13.8 rebotes de média), e os comandados de Mike Popovich forçaram o Suns a jogar na meia-quadra, anulando os famosos “Sete Segundos ou Menos”. O resultado disso foi o fim da linha para o Phoenix na temporada, derrotado por 4-1 na série, e o início de uma das grandes rivalidades da década passada (Spurs-Suns, a outra foi Suns-Lakers).
As finais de conferência tiveram números bem interessantes para o Suns:
  1. Amare Stoudemire foi dominante no garrafão, com médias de 37 pontos. Mas os rebotes deixaram a desejar, com apenas 9.8;
  2. Steve Nash deu apenas três assistências no jogo 3. Bem abaixo de sua média;
  3. Shawn Marion fez 7.8 pontos por partida, média pífia;
  4. Quentin Richardson não marcou nenhum ponto no jogo 5;
  5. Dominação total do San Antonio Spurs.
Consequências

Stoudemire, Nash, Marion e Barbosa estiveram presentes na melhor fase do Suns de D’Antoni
Mesmo com a saída de Quentin Richardson e Joe Johnson ao fim da temporada, oRun and Gun ainda teve sucesso por mais dois anos. O Phoenix chegou às finais do Oeste em 2006 – após ser o último time a reverter uma desvantagem de 3-1, na primeira rodada, contra o Los Angeles Lakers – quando perdeu para o Dallas Mavericks (com Steve Nash sendo eleito MVP pela segunda vez). Em 2007, a equipe mais uma vez liderou a NBA (61-21), Leandro Barbosa foi eleito o sexto-homem da temporada, mas o fim da linha foi nas semifinais, quando caíram novamente frente ao Spurs, em uma série que teve erros de arbitragem (e com direito a umasuspensão contestadíssima de Amare Stoudemire e Boris Diaw no jogo 4).

Nash atuou no último quarto do jogo 4 da série contra o Spurs enxergando com apenas um olho
O marco do fim desse sistema foi a troca que trouxe Shaquille O’Neal (com Shawn Marion indo para o Miami Heat) para Phoenix, em 2008, o que “pregou” o time no chão. Uma sobrevida aconteceu quando O’Neal foi trocado em 2010; o Suns finalmente derrotou o Spurs em uma série de playoffs(haviam sido quatro eliminações em sete anos) e avançou para as finais do Oeste, perdendo para o futuro campeão Los Angeles Lakers por 4-2 – graças a uma bola milagrosa de três pontos de Ron Artest no jogo 5.
Ao sair de Phoenix, em 2008, Mike D’Antoni tentou implementar seu sistema “Seven Seconds or Less” no New York Knicks, mas a única coisa interessante que aconteceu na Big Apple foi a explosão de Jeremy Lin na liga, já em 2012, fazendo o papel de Steve Nash como playmaker e atacando a cesta como o canadense jamais fez. Porém, os resultados não apareceram, e ele foi demitido durante a temporada passada.
Curiosidade
No draft de 2004, o Suns tinha a 7ª escolha geral, e selecionou o ala sudanês Luol Deng, mas ele foi trocado na mesma noite com o Chicago Bulls, por uma escolha de primeira rodada em 2005 (que foi usada para escolher Nate Robinson). É certo que Deng ainda era um calouro que precisava desenvolver seu jogo, mas seria demais especular que a sua defesa, seu ponto forte, pode ter sido o que faltou para que o Suns chegasse às finais em 2005?
Mais lances do Phoenix na temporada de 2004-05: